terça-feira, 29 de março de 2016

Peixes do Rio São Francisco - A PIRANHA

PIRANHA

Nome Comum: Piranha
Nome Cientifico: Serrasalmus nattereri
Filo: Chordata
Superclasse: Pisces
Classe: Osteichthyes
Ordem: Cypriniformes
Família: Characidae

A PIRANHA é o peixe mais temido do Rio São Francisco, podendo atingir até 50 cm de comprimento. São tenebrosos os casos e estórias que a gente ouvia, quando menino, nas rodas de conversas com outras crianças em baixo de um poste de luz ou mesmo à luz do luar quando a energia elétrica deixava de funcionar em Xiquexique, o que não era muito raro. Essas estórias sempre tinham indícios de verdade quando, à tardinha, na beira do rio, anzol na mão utilizando isca de mihoca, costumávamos pescar, além de mandis, várias piranhas, tanto as brancas quanto as amarelas. Mas, o temor de um ataque logo era esquecido quando no dia seguinte á beira do rio a gente se dispunha a dar uma mergulhada na Ipueira. Sabíamos que aquelas águas eram cheias de piranha. Não as grandes de 40 ou 50 cm, mas umas pequenas de no máximo 10 cm, talvez filhotes, mas tão perigosas quanto às piranhas mães. Mas, mesmo assim, levados pela irresponsabilidade da meninice nos arriscávamos a vários mergulhos. Nunca aconteceu de um de nós ser atacado por algum desses peixes. Parece até que elas fugiam assustadas com o barulho que fazíamos na água.
Embora muito feroz e sempre se apresentar em cardumes, a piranha não parece, à primeira vista um peixe perigoso. É pequena, azulada, com um delgado corpo com 30 cm de comprimento, em média. A boca, não obstante o pequeno tamanho, é provida de dentes fortes, triangulares e afiados como navalhas, permitindo pela disposição e anatomia dos mesmos que a piranha arranque grandes pedaços de carne da presa a cada dentada ou mesmo cortar com facilidade qualquer linha de pesca mesmo as de aço. Tem mandíbulas fortíssimas e a força da sua mordida é considerada como proporcionalmente a de um cão BulDog.
É estória corrente nas beiradas do Rio São Francisco em Xiquexique que quando havia necessidade de trazer o gado das ilhas para a terra firme os vaqueiros sacrificavam um animal às piranhas para que enquanto elas se distraiam com banquete eles pudessem atravessar o rio com o restante do rebanho. O processo de atrair as piranhas era feito ferindo o animal a ser sacrificado e colocando-o no rio. O sangue que jorra do boi ferido atrai o cardume de vorazes piranhas que atacam o animal com grande ferocidade fazendo a água ferver e se avermelhar. Em poucos minutos resta apenas o esqueleto do animal, completamente limpo. Daí surgiu a expressão “boi de piranha”.

FONTE: Blog Xique Xique (ipsis litteris)

sexta-feira, 25 de março de 2016

A INCERTEZA


Eu tinha 7 anos quando iniciou a Ditadura no Brasil, eu ficava morrendo de medo quando ouvia as pessoas conversarem sobre os comunistas que poderiam "tomar conta do Brasil". Hoje, com 59 anos tenho medo do que poderá acontecer, caso o governo atual seja derrubado. Não que eu ache que está tudo bem, mas pela incerteza que toma conta do Pais. A presidente Dilma pisou na feio, quando disse em campanha o que não iria fazer para para não prejudicar os brasileiros e fez ao contrário, aumentou seguidamente os preços dos combustíveis, por sua vez alavancou o custo de vida de maneira quase que insustentável. É claro que alguma coisa tem que ser feito, não aguentamos mais tanto aperto. Mas será que a saída é mesmo a derrubada do governo? caso isso aconteça, o que virá pela frente não será muito pior? espero que nossos políticos saibam o que estão fazendo para não agravar mais ainda nossa situação. Se essa for a única saída que sejam feitas as coisas pela razão e não pela emoção. Que Deus os ilumine que para que encontrem o caminho para o destino de nosso Brasil.

Sem opção



Nesses últimos meses nós brasileiros estamos a cada dia ficando sem opção de escolha nos meios de comunicação, seja tv, rádio, jornal e redes sociais. Imagine logo cedo nos primeiros noticiários só se fala de corrupção, lava-jato, empreiteiras, que pagam propina. Juízes, promotores e políticos contrários acusando o governo e seus aliados de corrupção e outros crimes mais cabeludos e do outro lado o governo se defendendo e negando tudo e de quebra os movimentos populares pro governo ameaçando tocar fogo no Brasil. Isto sem falar nos movimentos contrários ao governo que cresce todo dia, que promove algumas badernas tanto quanto os favoráveis. Para nós livrarmos dessa coisa que ninguém aguenta mais, mudamos de canal, lá estão as igrejas de várias denominações brincando com o nome de Deus, Jesus e Divino Espírito Santo. pregando milagres na maioria mentirosos para extorqui dinheiro dos fiéis "abestados" que acreditam em tudo que eles dizem. Daí vamos para as redes sociais, aonde encontramos internautas de todos os níveis, acusando sem provas, ou defendendo o indefensável. Sem opção, ninguém aguenta mais.

segunda-feira, 21 de março de 2016

22 DE MARÇO, DIA MUNDIAL DA ÁGUA

História do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. 

Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.


FONTE: Projeto Manoelzão.

domingo, 20 de março de 2016

O RIO SÃO FRANCISCO, AFOGA SUAS MÁGOAS EM SUAS PROPRIAS LÁGRIMAS

Dia 22 de março, há mesmo o que comemorar?

Presume-se que o rio tenha surgido há cerca de 65 milhões de anos, entretanto foi descoberto pelo “homem branco” o navegador Américo Vespúcio no dia 04 de outubro de 1501, cujo nome conhecido pelos nativos era Rio Opará. Mas em homenagem ao santo do dia, o navegador Florentino o rebatizou com o nome de Rio São Francisco.

Aos 514 anos depois, apelidado de Velho Chico, Rio dos Currais, Chicão, Grande Linha de Comunicação, Rio da Redenção Econômica, Rio da Integração Nacional e por ai vai... Mas o tratamento dado por todos que precisam dele mais de ele de nós,  não muda é sempre de mal a pior.
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Mesmo assim ele prossegue imponente, mas agora, além de contemplação, pede também socorro. Rio da Integração Nacional, o São Francisco tem esse título por ser o caminho de ligação do Sudeste e do Centro-Oeste com o Nordeste. Ao longo desse percurso, que banha cinco Estados, desde sua nascente, na Serra da Canastra, em Minas Gerais, até sua foz, na divisa de Sergipe e Alagoas, ele percorre cerca de 2.700 km.
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O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas compreendidas pelo Vale do São Francisco. No submédio São Francisco, onde cidades como Petrolina e Juazeiro experimentaram maior crescimento e progresso devido à agricultura irrigada. Nossa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de frutas tropicais do país, recebendo destaque especial, também, a produção de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas, mas tudo isso no momento está ameaçado pela falta d’água que está batendo com força em nossas porteiras.
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O transporte da água por canais impulsionou o PIB local, transformando a região em um dos maiores IDH (Índices de Desenvolvimento Humano) do semiárido. Entretanto temos que priorizar nossa preocupação em aliar desenvolvimento com a proteção e a conservação ambiental antes  que seja tarde demais e a situação se torne irreversível.
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Em meio a tanto progresso, é com tristeza que constatamos a degradação deste patrimônio tão importante para nós brasileiros e o Planeta em geral. Resíduos sólidos são jogados no rio, bombas de captação clandestina retiram água e devolvem diesel e agrotóxicos, lavouras são plantadas até a calha com a retirada total da mata ciliar, deixando as margens vulneráveis as erosões dão origem ai assoreamento que consequentemente, reduz sua capacidade de armazenamento, seu leito vai ficando mais largo e raso e a tendência é “chover para cima”. Pois a evaporação se intensifica com a facilidade de aquecimento da lâmina d’água com a incidência dos raios solares.
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Maiores e menores vazões 
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O Jornal do Comercio de Recife – PE, em sua edição do período de 27/08 a 03/09/2000. Publicou um resumo histórico sobre as vazões registradas do Rio São Francisco desde 1919.
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Segundo a matéria em 1919 o São Francisco registrou uma cheia onde seu nível subiu 9,00 metros acima do normal, mas o registro da maior cheia que se tem noticia data de 1926 quando o nível do rio subiu 9,60 metros e depois da criação da Chesf, a maior cheia ocorreu em 1979 quando a vazão nas comportas de Sobradinho atingiu aos 17.940 m3/s.
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Já no período de 1952 a 1956, registrou-se a menor vazão da história desde o descobrimento: 590 m3/s, onde a vazão média era acima de 1.800 m3/s em tempos normais. Talvez o “Chico” tivesse prevendo mais um dos projetos para tirar suas águas. Hoje, segundo os órgãos que fazem a medição quase que diariamente já registram vazões a montante da barragem de Sobradinho, mais baixas de que a menor registrada que se tem noticia.  O Rio São Francisco em alguns trechos  já chora com sede. E o dia 22 de março, dia em que se comemora o Dia Mundial da Água, será que cai bem mesmo comemorações? Ou seria melhor que todos nós nos preocupássemos o ano todo com o descaso, ao qual ele é submetido diariamente?. Devemos lembrar que o rio São Francisco é original, inteiramente brasileiro, é único, não tem cópia.
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Vitorio Rodrigues de Andrade
Graduado em Licenciatura Plena em Geografia
Pós graduado em Ensino de Comunicação Social

Petrolina-PE